Pensamos que a nossa responsabilidade sob o lixo que produzimos vai até o momento em que separamos o orgânico do reciclável e deixamos na esquina de nossa casa. Mas a coisa não é bem assim... Confere com a gente o porquê os aterros não são a melhor solução para o nosso lixo!
Na escola, somos ensinados que um dos melhores destinos que o lixo pode chegar é o aterro sanitário.
Que a alternativa mais sustentável de descarte é esta.
Contudo, na realidade, o fato de ainda usarmos os aterros como alternativa de descarte de resíduos é péssimo em termos ambientais.
Hoje vamos te ensinar:
- O que é um aterro?
- Como é construído?
- Como funciona?
- Quais são as vantagens de um aterro? E as desvantagens?
- Qual a durabilidade de um aterro?
- Existem normas pra ele?
- E o que eu devo fazer com meu resíduo?
- Faça a diferença!
Segue a leitura!
O que é um aterro?
Um aterro sanitário é um local de destinação de resíduos sólidos, leiam-se como resíduos os restos de tudo o que usamos. Esses resíduos podem ser gerados pela indústria, construção, inclui até nós mesmos.
Normalmente, tem vida útil limitada e esse tempo de vida deve ser respeitado, obrigatoriamente.
É uma opção de destinação vantajosa, com baixo custo operacional (em comparação a outros métodos).
Toda construção de aterro não é feita sozinha, sempre está acompanhada das normas e leis vigentes que regularizam a sua operação.
Agora, nos resta perguntar: quanto tempo dura um aterro? Será que é possível aproveitá-lo por mais de 10, 20, 30 anos? Como é feito?
Confere abaixo!
Como é construído?
Um aterro começa a ser construído com a partir da escavação de um grande buraco.
Antes disso, o solo é perfurado até o lençol freático para verificar se não é muito arenoso e calcular até onde se pode escavar.
O fundo não pode ficar a menos de 2m do lençol.
Em seguida, tratores compactam a terra e uma manta de PEAD (Polietileno de Alta Densidade) é posta no solo para evitar a contaminação dos lençóis freáticos.
Por cima da manta, mais uma camada é disposta, de pedra britada, porosa para que os gases e os líquidos do lixo possam passar.
Toda essa camada é chamada de "camada de impermeabilização" e é repetida a cada 5 metros.
Para drenar o líquido resultante do processo, o percolado (mistura dos líquidos do lixo, chorume, com a água da chuva), são instaladas calhas de concreto a cada 20 metros, que levam o líquido até uma lagoa de acumulação.
Os gases emitidos pelo lixo são captados por uma estrutura de tubos verticais que trazem os gases à superfície, onde ficam acumulados em tambores e depois são tratados.
Como funciona?
Os caminhões de lixo, que podem levar cerca de 7 à 9 toneladas de lixo ao aterro, realizam a logística acerca do material.
Ao chegar no aterro, o lixo é pesado em balanças de controle de entrada de material, para respeitar o limite de ocupação do aterro.
Depois, é disposto no solo e empurrado por tratores, que os direcionam ao local o qual serão enterrados e compacta o material.
Uma camada de argila é feita sob todo o material, além de existir um sistema de captação pluvial, para evitar infiltrações.
O chorume, líquido resultante do processo de decomposição dos resíduos, acumula em um lago e, a medida que vai enchendo, é retirado por caminhões e enviado à uma estação de tratamento.
Já os gases gerados, captados por tubos, são levados à tambores onde são tratados. O principal gás captado é o metano, o qual é queimado no fim do processo para virar gás carbônico.
Ou seja, um biogás é fabricado a partir desse acúmulo de chorume no aterro.
Segundo cálculos de engenheiros, cada metro cúbico de lixo disposto em aterro pesa cerca de 0,6 toneladas, o equivalente à 600 quilos. Isso é muito denso!
Além de tudo isso, toda a área do aterro é constantemente monitorada para que não ocorra descarte clandestino de mais lixo pelo espaço.
Quais são as vantagens de um aterro sanitário? E as desvantagens?
Podemos citar como vantagens do aterro:
- Impacto ambiental reduzido.
- Menor disposição de metano e outros gases na atmosfera.
- Conversão dos gases em biogás.
- Geração de energia.
São boas vantagens, mas devemos levar em consideração o outro lado do processo. Vejamos as desvantagens:
- Exige um grande espaço para construção.
- Contamina o solo e polui o meio ambiente com vazamentos.
- Oferece riscos à fauna e à flora do local.
- Tem um limite de ocupação.
- Favorece a presença de agentes propícios à doenças, como ratos e bactérias.
- Tem alto custo de implementação e manutenção.
- Tem pouco tempo de vida útil.
Qual a durabilidade do aterro?
A vida útil de um aterro dura cerca de 10 a 15 anos, mas muitos não chegam a durar este tempo.
Quando um aterro fecha, são providenciadas medidas para minimizar seus impactos na região onde se localiza, como o reflorestamento de áreas ao redor.
A questão central é que: mesmo após fechado, o chorume e os gases continuam a ser gerados por mais 15 anos.
Dessa forma, todo terreno de aterro não pode ser usado para posteriores construções ou empreendimentos.
O solo fica fraco e prejudicado, portanto é arriscado investir em empreitadas assim.
Existem normas regulamentadoras para aterros?
Sim!
Temos a NBR (Norma Brasileira Regulamentadora) 8849, que trata das condições mínimas para a construção de aterros.
A definição de aterro proposta nessa NBR é a que um aterro é "um local de confinamento de resíduos, cobertos com uma camada de material inerte em cada uma das camadas de material dispostos".
O aterro, segundo essa NBR, não é considerado a melhor opção de destinação de resíduos, pois não há impermeabilização da base do aterro, o que compromete a qualidade do solo e dos lençóis freáticos abaixo de todo material.
Além disso, o líquido e os gases resultantes do processo também são um problema.
Também temos outras normas, como a NBR 8418.
Ela diz respeito ao projeto de estrutura de aterros que recebem resíduos industriais perigosos, ou seja, informa todos os pré-requisitos para instalação da estrutura e funcionamento.
Temos também a NBR 8419, que diz respeito ao projeto de estrutura de aterros que recebem resíduos sólidos urbanos.
E por fim, a NBR 10157 que regulamenta os critérios para projeto, construção e operação de aterros de resíduos perigosos e para os não perigosos temos a NBR 13.896.
E o que eu devo fazer com os meus resíduos?
A melhor coisa que você pode fazer com os seus resíduos é encaminhá-los à uma reciclagem.
Atualmente, ela é a melhor alternativa de descarte de resíduos.
Isso se deve ao fato de que, ao reciclar algo, você está reaproveitando uma matéria-prima já extraída da natureza, evitando a extração de mais recursos naturais.
No Brasil, no momento de escrita deste artigo, a taxa de reciclagem está em 2,1% do total de resíduos gerados no país, apesar de contarmos com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
Além do mais, existem diversos tipos de reciclagem, se um método não é aplicável deve verificar-se outro.
Quer conhecer os tipos de reciclagem? Temos o artigo perfeito para você: Os Tipos de Reciclagem.
Podemos citar como benefícios da reciclagem a:
- conservação e preservação dos recursos naturais.
- eficiência energética.
- redução da emissão de gases de efeito estufa.
- geração de empregos ao longo de sua cadeia.
- redução da quantidade de resíduos enviados para aterro.
- aumento da vida útil de aterros.
- diminuição do desperdício de energia e de água.
- redução da disposição inadequada de lixo.
Faça a diferença!
Se depois disso tudo, você sente que quer fazer a diferença e destinar o seu lixo da melhor maneira possível, fala com a gente!
Atuamos como distribuidora de embalagens, mas nossa filial, a Global Recuperação de Resíduos, trabalha com reciclagem de resíduos!
Nós queremos comprar o seu resíduo! Isso mesmo, COMPRAR! Pagamos pelo seu resíduo e o reciclamos! Não é ótimo?
Recolhemos esse material, realizamos a triagem e encaminhamos para o reprocessamento. Ao fim de nosso processo, o que costumava ser lixo vira um novo produto!
Quer saber mais? Entre em contato conosco!
Agora, se você gosta da ideia de utilizar materiais reciclados, confere a nossa linha de reciclados!
Ou até o próximo artigo! ;)
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