A problemática ambiental

Segundo relatório do Programa das Nações Unidas (ONU) divulgado pela Agência Brasil, foi feita uma previsão realista de que a poluição por plásticos no planeta deve duplicar até 2030, causando graves consequências para saúde, economia, biodiversidade e clima.

O levantamento, divulgado às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26), mostra também que, em 2015, as emissões de gases do efeito estufa causadas por plásticos eram equivalentes a 1,7 gigatoneladas de gás carbônico. O estudo projeta que essas emissões devem subir para 6 gigatoneladas e meia de CO2, até 2050.

Ainda de acordo com o estudo, o problema global do plástico decorre, em parte, da falta de esforços para o manejo e reciclagem do lixo e da alta produção e consumo do material.

No Brasil, os catadores são responsáveis por cerca de 90% do trabalho empregado na cadeia produtiva da reciclagem, segundo o Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis. Também esquecemos do fato de que ocupamos o quarto lugar na lista de maiores produtores de lixo plástico do mundo, sendo que reciclamos apenas 1,28% das nossas 10,3 milhões de toneladas de lixo plástico.

Será mesmo que não temos capacidade de mudar esse cenário para melhor em termos de reciclabilidade e reaproveitamento do plástico?

Mas quais os impactos disso?

Caso você não saiba, o plástico tem grande impacto ambiental na vida de todos. Vamos falar primeiramente da vida marinha e como isso leva a vida humana.

O grande ponto é que: quando descartado irregularmente em praias ou no mar, ele sofre ações do sol, das altas temperaturas, da energia das ondas, dos materiais os quais entra em contato, entre outros e acaba por se fragmentar em pedaços pequenos. Esses são os microplásticos.

Sendo um dos maiores poluentes dos oceanos, eles são constantemente confudidos com alimentos pelos animais marinhos, levando à lesões e à morte de milhões de espécies todos os anos. Além disso, nós humanos muito provavelmente acabamos por consumir animais marinhos que já ingeriram microplásticos. 

Segundo pesquisas, ao entrar no corpo eles podem causar disfunções hormonais, imunológicas, neurológicas e reprodutivas. Se ingeridos se fixam na gordura do corpo, no sangue e até mesmo nos fluidos corporais de animais e humanos.

Uma informação preocupante sobre os microplásticos é a que eles já foram encontrados nos cantos mais remotos do planeta, desde no Monte Everest até a Fossa das Marianas.

Já na natureza em geral, eles podem causar enchentes, auxiliar a proliferar doenças, contribuir para a emissão de gases estufa, contaminar a água, entre tantos outros efeitos.

Classificação de Impacto

Podemos classificar de acordo com uma série de fatores quais são as embalagens que geram menos e mais impacto no meio ambiente. O impacto pode ser:

- Muito baixo: caixas de madeira e sacos de estopa para grãos.

- Baixo: caixas de papel reciclado e garrafas retornáveis de vidro.

- Médio: cartuchos de papel, frascos de vidro não retornáveis, latas de aço, de alumínio, pacotes de papel virgem.

- Alto: sacolas de plásticos, plásticos bolha, garrafas plásticas.

- Muito Alto: bandejas de isopor, embalagens de leite, papéis com parafina, papéis com camadas plásticas, latas de inseticidas e desodorantes, embalagens plásticas com camadas de alumínio.

E como o impacto desses itens é determinado?

De acordo com diversos fatores conseguimos ter uma ideia de porquê cada item impacta pouco ou muito o meio ambiente ao ser descartado. Alguns deles são:

1) Modo de Fabricação

Se a fabricação utiliza de água, energia, tudo isso impacta na conta de quão sustentável é uma embalagem.

2) Origem da Matéria-Prima

Se a matéria-prima é virgem, reciclada ou mesmo a base de alimentos, reflete diretamente na sustentabilidade da embalagem. Embalagens que são fabricadas a partir do petróleo, são usadas e descartadas de primeira são mais problemáticas do que as embalagens feitas a base de alimentos. Por quê? A matéria-prima impacta muito no meio ambiente e acaba por poluir.

3) Reciclabilidade

Aqui podemos compreender se um material é reciclável ou não, portanto avaliamos a reciclabilidade das embalagens. Os plásticos são um exemplo de material reciclável, porém não são totalmente aproveitados quanto poderiam ser. Já aventais hospitalares não são. São rejeitos, pois não podem ser reciclados.

4) Taxa de Reciclagem Efetiva

Isso já se aplica aos materiais recicláveis, afinal um material pode ser reciclável e não efetivamente reciclado. Analisamos o próprio plástico como exemplo. É reciclável, mas apenas alguns tipos são efetivamente reciclados. 

5) Decomposição na Natureza

De acordo com o tempo de decomposição da embalagem na natureza determinamos se ela impactará de maneira positiva ou não o meio ambiente, além de observar também se ela deixa algo na terra quando se decompõe. O papel se decompõe entre 3 a 6 meses, portanto tem um ciclo menor em comparação ao vidro, que só termina de se decompôr em mais de 1.000 anos. 

6) Logística Reversa

Se a embalagem que você consome acaba indo diretamente para o lixo após o seu uso, isso já um ponto negativo. É preferível que as embalagens voltem para a cadeia que as gerou para que possa ser reaproveitada ou receba o descarte adequado de acordo com os fabricantes ou distribuidores.

7) Resíduos e Rejeitos do Processo

Alguns processos geram restos de matéria-prima como componentes que podem ser reaproveitados, reciclados e outros, não. Por exemplo: processos que geram resíduos químicos como reagentes devem ser descartados de maneira especial, viram rejeitos, não podendo ser reciclados e se descartados de maneira errada são altamente poluentes, até tóxicos. Já em uma indústria metalúrgica, os restos de aço podem ser reciclados ou reaproveitados.

Temos também um artigo feito pra você que fala sobre as opções existentes de embalagens sustentáveis! É só clicar abaixo:

Embalagens sustentáveis

Isso pode mudar o seu futuro!

Podemos também pensar em atos que requerem pouco esforço e podem mudar o futuro! Dá uma olhada neles com a gente:

- Opte por ecobags em mercados e evite usar sacolas plásticas.

- Prefira consumir embalagens recicladas, biodegradáveis ou retornáveis.

- Não utilize descartáveis, como copos, canudos, talheres, entre outros.

- Reutilize embalagens de plástico se comprá-las.

- Separe os lixos de sua residência.

- Estimule seus colegas, familiares e amigos a comprar de empresas sustentáveis.

- Compre de empresas e empreendedores locais.

- Não compre o que você não precisa realmente, a famosa "compra compulsiva".

- Repense seu consumo de água e energia buscando diminui-lo.

- Procure compostar restos de comida.

Temos muito mais outros exemplos do que pode ser feito para que o que você faz de fato tenha impacto positivo no meio ambiente. Mas já é um bom começo analisar tudo isso, não? ;)

A Global quer um futuro melhor para você e para todos nós. Inclusive, buscamos cada vez mais sermos ativos nesse ponto e para reforçar essa busca aceitamos o desafio de trabalhar a logística reversa de resíduos em nossa mais nova filial, a Global Recuperação de Resíduos. Quer entender um pouco mais sobre como trabalhamos e como você pode fazer parte disso? Clica aqui:

a recuperadora

Agora, se você quer consumir embalagens sustentáveis recicladas na sua empresa, dá uma olhada aqui:

Embalagens recicladas

Ou até o próximo artigo! ;)