Existem plásticos sustentáveis? Quais as diferenças entre eles? E o que o mercado tem a dizer sobre isso? Acompanha aqui que te contamos mais!
Nos últimos tempos, a população brasileira vem se preocupado cada vez mais com questões ambientais que a cercam no dia a dia. Um dos indicadores que comprova isso é o levantamento da Associação Brasileira de Embalagem (ABRE) que apontou que o total de usuários que visitaram a seção de produtos sustentáveis no Brasil duplicou durante a pandemia.
Também é de conhecimento público que o uso dos plásticos provenientes do petróleo é de grande problemática por conta de diversos fatores, entre eles:
1) O fato de ser uma fonte esgotável de recursos, pois o petróleo é finito e não se renova.
2) Contamina a água e o solo, no caso de derramamento de petróleo.
3) Ameaça as vidas marinhas, seus predadores e até mesmo o ser humano.
Ave marinha coberta de óleo petrolífero.
Mas como podemos evitar os riscos que o uso descontrolado do petróleo pode ocasionar?
Podemos buscar plásticos de fontes renováveis, reciclados, bioplásticos, plásticos biodegradáveis, além de outras opções.
Vamos falar um pouquinho de cada uma dessas opções aqui?
Plásticos Reciclados (PCR ou Plásticos Pós-Consumo)
Um ponto que deve ser levado em consideração é a fabricação dos plásticos. Plásticos virgens são fabricados desse petróleo e muitas vezes são descartados em aterros, sendo que poderiam ser reciclados.
Por conta disso, o uso de plásticos reciclados é recomendado, visto que sua matéria-prima é o plástico já usado e não o petróleo diretamente, ou seja, a tendência é de diminuição da extração. Mas claro, em um mundo ideal, todos os plásticos recicláveis seriam de fato, reciclados.
São ótimas opções pois suas propriedades pouco se alteram mesmo após o reprocessamento, além disso costumam ser mais baratos do que os virgens. Ou seja, investir em opções recicladas é só vantagem!
Garrafas plásticas paletizadas prontas para serem transportadas à reciclagem.
Bioplásticos
Também chamados de biopolímeros, os bioplásticos tem uma proposta diferente: devem ser feitos de fontes renováveis (derivados da biomassa) e podem ou não ser biodegradáveis.
Temos como exemplo o PE verde, que é feito a partir do etanol de cana-de-açúcar. Ele possui as mesmas características físicas e químicas que o polietileno convencional feito de matéria-prima fóssil. O PE Verde da Braskem por exemplo, é um bioplástico que não é biodegradável.
Outros exemplos de biomassas usadas na obtenção de biopolímeros são o milho (amido), a batata (ácido lático), soja, leite (caseína), óleo de mamona, entre outros.
PE Verde ou PEAD I'm Green comercializado pela Braskem.
Plásticos Biodegradáveis
Segundo pesquisa da FAPESP, para um polímero ser considerado biodegradável tem de ser apto a passar por um processo de transformação químico em que microrganismos do ambiente o convertem em produtos atóxicos, como água e dióxido de carbono. Ou seja, é obrigatório que consiga se decompôr sem gerar como subprodutos agentes nocivos ao meio ambiente.
Um exemplo de bioplástico biodegradável é o Ácido Lático (PLA), que é desenvolvido com base no amido de milho ou cana-de-açúcar. É usado para fabricar talheres, sacolas, pratos e também como matéria-prima para impressão de objetos 3D.
Torre Eiffel sendo impressa em uma impressora 3D em PLA.
Além dele, também existe o Poli-hidroxibutirato (PHB), da marca Biocycle, feito de açúcar de cana metabolizado por bactérias que posteriormente vira resina plástica. Apesar de seu alto custo de produção e comercialização, pode ser aplicado na área médico-veterinária, em suturas, suportes de culturas de tecido para implantes e encapsulação de fármacos.
A Tendência do Mercado
As empresas não estão mais voltando a sua atenção para seu desempenho financeiro, focando em lucros. Atualmente, foram afetados por outras preocupações ambientais, sociais, éticas.
Ser sustentável realmente não condiz com seguir um guia verde, na verdade se trata de impactar e gerar mudança em toda a cadeia do produto. Além disso, investir em sustentabilidade na empresa inclusive pode ser altamente lucrativo.
Segundo reportagem do Folha de São Paulo, a sustentabilidade agora eleva lucro e valor de mercado das empresas. Também é certo que investidores nacionais e internacionais estão interessados em investir não apenas em empresas lucrativas, mas em empresas com algum tipo de prática ambiental, social e de governança (ESG) com foco na minimização de impactos ambientais.
O mercado consumidor está em ascensão, como comprova uma pesquisa do Mercado Livre na América Latina, que mostrou uma alta de 112% no número de compradores desses itens no país. O aumento superou o crescimento registrado na região como um todo, de 104%.
Kombucha, linha de bebida saudável da Campo Largo que possui o selo EuReciclo.
Mas o que ainda pesa na decisão do consumidor é o preço do produto. Por mais que um produto tenha uma proposta de valor correta e ambientalmente responsável, ainda se é preciso pensar na acessibilidade do produto, afinal é preciso atingir as massas.
Além da preocupação com a embalagem, o critério mais reconhecido pelo consumidor como sendo sustentável foi o de cruelty free, quando o produto tem certificação de não testagem em animais. A prática tem taxa de crescimento 61% maior que produtos classificados como não sustentáveis.
Produto da Lola Cosmetics, marca de beleza cruelty-free.
Afinal, POR QUE adotar?
Ser sustentável é buscar novos modos de ser mais eficiente em todos os processos da empresa. É sempre possível analisar os processos buscando melhorias e redução de custos, consequentemente.
É necessária a instauração de uma cultura, um padrão de organização da empresa para que tudo flua de maneira objetiva e os pontos sejam alinhados com todos.
Consideramos esses 5 pontos para você prestar atenção: a energia, os resíduos da empresa, os locais de trabalho, o transporte e as compras.
Faça uma análise de todos os setores juntamente com eles, procurando repassar todas as ações e processos e, se julgar preciso, trabalhe também na reestruturação destes.
E quais PRÁTICAS posso adotar na minha empresa?
Ao buscar uma organização ambientalmente responsável, existem algumas práticas que podem facilitar o seu trabalho e diminuir seus impactos significativamente. São elas:
1) Instale pontos de coleta seletiva
Separar o lixo corretamente não requer grandes investimentos ou esforços. O gerenciamento de resíduos e rejeitos da sua empresa pode começar assim, de maneira simples e eficaz, ao separar o resíduo reciclável dos orgânicos, lhes dando a destinação correta de acordo com o seu material. Neste caso, seriam separados nas lixeiras de acordo com as seguintes categorias: papéis e papelão (azul), plásticos (vermelho), vidros (verde), metais (amarelo) e orgãnicos (marrom).
Lixeiras que são utilizadas para separação de material.
2) Diminua o consumo de itens descartáveis
Ao evitar o consumo de descartáveis e estimular o uso de itens laváveis, você evita desperdícios, economiza nas compras da empresa e consequentemente, reduz a quantidade de lixo gerado na empresa.
Pratos, talheres, copos e canudos a se evitar utilizar.
3) Atenção ao consumo de água, energia e papel
Tenha cuidado com o uso de energia elétrica e da água. Você pode buscar reduzir seu consumo ao usar lâmpadas LED, que são mais duráveis, desligar os equipamentos elétricos quando não estiver os utilizando, apagar as luzes das salas que não estão sendo ocupadas, usar torneiras automáticas, entre outros hábitos.
Torneiras automáticas reduzem o despedício de água.
4) Disponha corretamente o lixo eletrônico
Ao dispôr lixos eletrônicos no lixo convencional, você está poluindo, visto que esses materiais contém metais pesados em sua composição. Você pode doá-los para ONGs se estiverem em boas condições, encaminhar para reciclagens ou devolver aos fabricantes.
Lixo eletrônico acumulado e descartado em local inadequado.
5) Realize treinamentos sobre sustentabilidade
Promover palestras e treinamentos sobre bons hábitos ambientais é uma ótima alternativa. Através disso, a sua equipe fica consciente de como afeta o ambiente em que vive e entende o que pode fazer na empresa ou em casa para reduzir seus impactos na natureza.
Fórum de Produção e Consumo Sustentáveis realizado entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Governo Brasileiro.
6) Invista na reciclagem
Antes de descartar diretamente, pense bem se o material de uma embalagem, um produto pode ser reutilizado. Os papéis de impressão já utilizados podem virar folha de rascunho, as caixas de papelão de encomendas podem servir para organizar o estoque. Além disso, se não pode ser reutilizado, você pode encaminhá-los para reciclagem.
Reaproveitamento de paletes de madeira em escritório podem enriquecer o ambiente e criar identidade.
7) Utilize fontes de energia renováveis
Verifique a possibilidade de utilizar fontes de energia renováveis na sua empresa, como a própria energia solar. Esse tipo de atitude é inclusive capaz de melhorar o ambiente de trabalho, socialmente. É um diferencial para a sua empresa e certamente, a longo prazo, mostrará efeitos econômicos muito positivos.
Empresa com energia solar instalada.
A Global é CIRCULAR
Nossa empresa acredita veementemente que o futuro do mercado é sustentável e investe muito nisso.
Procuramos adotar medidas de separação de resíduos e rejeitos, implementar políticas de economia de materiais, energia e água, além de investir em móveis de material reutilizado.
Para também reforçar nossa busca por um futuro mais sustentável, abrimos também a nossa mais nova unidade, a Global Recuperação de Resíduos. Nela trabalhamos a logística reversa de resíduos, o que é por si só já é assunto para outro artigo.
Negociando conosco você não só garante uma gama de produtos com qualidade, mas também com responsabilidade ambiental e social.
Quer saber mais? Entra em contato conosco! Ficaremos felizes em te receber e trocarmos conhecimento!
Até o próximo artigo! ;)
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