Uma pesquisa publicada recentemente apontou que nós, seres humanos, já temos microplásticos em nosso sangue! E como isso aconteceu? Podemos fazer algo?
Quem são os plásticos?
Os plásticos, também chamados de polímeros, são nada mais nada menos que grandes moléculas constituídas de pequenas unidades químicas que se repetem.
Por exemplo, no caso das proteínas, que são polímeros naturais, várias unidades pequenas de aminoácidos se repetem e formam a proteína.
Temos também essa separação importante entre polímeros naturais, como a proteína, a borracha, a celulose, os amidos, entre outros, e polímeros sintéticos provenientes do petróleo, como o PET, PP, PE, PVC, entre outros.
Látex, polímero natural, extraído da seringueira.
Isso é relevante na hora de pensarmos no ciclo de vida do plástico, que é o que nos impacta muito, tanto a vida humana quanto animal e vegetal.
Garrafa de PET (Polietileno Tereftalato), polímero sintético.
O Ciclo do Plástico
Para entendermos o ciclo de vida dos plásticos, primeiramente devemos pensar na sua origem.
Os plásticos de origem natural normalmente costumam ser biodegradáveis, com exceção da borracha (por conta de seu processo de fabricação).
Já os plásticos de origem sintética são mais complexos de serem reaproveitados, dado o fato de que durante a fabricação destes os aditivos variam e dificultam a reciclagem dos mesmos, além de sua fonte de matéria-prima.
A grande maioria dos plásticos consumidos no mercado atualmente são sintéticos, com origem no petróleo.
Vamos começar pelo início:
Plataforma de extração de petróleo no Maranhão.
1) Extração da Matéria-Prima
Independente do que for, a matéria-prima necessita de ser extraída para poder ser refinada e aproveitada.
No caso do petróleo, ele é extraído e refinado para ser transformado em polímeros especifícos, como citamos antes.
Processo de extrusão de sacos plásticos.
2) Transformação
Após isso, ele é encaminhado para uma indústria onde será transformado em pellets plásticos, ou seja, grãos, que serão transportados para a indústria.
Na indústria, esses grãos serão transformados em produtos através dos mais diversos processos, como a injeção, a extrusão, a termoformagem, entre outros.
Potes e embalagens plásticas comercializadas no mercado.
3) Distribuição e Comercialização
Após fabricados, os produtos são levados para distribuidoras e para o comércio em geral onde chegam ao público, que o compra e consome.
Alimentos prontos para consumo embalados em plástico.
4) Consumo e Descarte
O produto é comprado, usado e disposto no lixo. Serve para o seu fim e para no lixo. Depois disso, você sabe o que acontece?
Temos vários cenários, vamos pensar no melhor: você dispôs ele no lixo seletivo, pensando em encaminhá-lo para a reciclagem.
Esse cenário, por mais que possua boa intenção, pode não ter o fim que você imagina. A realidade é que, no Brasil, apenas 9% dos plásticos que produzimos é reciclado realmente.
Isso representa uma porcentagem muito pequena de reciclagem efetiva do material, o que é preocupante. A questão é que, mesmo separando os lixos, muito plástico ainda vai parar em aterros.
A decomposição do plástico leva cerca de 450 a 500 anos para ocorrer por completo. Além disso, temos também o problema do microplástico.
Vamos falar um pouco mais dele para você.
Microplásticos
Os microplásticos são partículas pequenas de plástico os quais apresentam medidas menores que 5mm.
De maneira simples podemos descrevê-los como plásticos muito pequenos que, por conta de seu tamanho, podem ser altamente prejudiciais à vida humana e animal.
Segundo dados de pesquisadores da Universidade John Hopkins, localizada nos Estados Unidos, qualquer cidadão europeu que consume de maneira rotineira frutos do mar ingere por ano cerca de 11.000 microplásticos.
O fator preocupante de tudo isso é o fato o qual tais partículas pequenas podem se infiltrar na nossa corrente sanguínea, em nosso sistema linfático até mesmo chegar no fígado.
Outra coisa que nos chama a atenção é a indicação de que os microplásticos se fizeram dez vezes mais presentes nos restos orgânicos de bebês do que de adultos.
Ou seja, as crianças também estão consumindo plástico e isso nos faz pensar: Qual o impacto disso na nossa saúde? No desenvolvimento delas?
O problema de se prender ao nosso sangue é que limita a capacidade da célula hemácea de transportar oxigênio. Agora, isso pode ser associado à doenças?
É a próxima pergunta a qual os pesquisadores desejam responder. No atual momento o foco é descobrir se a presença de microplásticos no sangue pode induzir a carcinogênese.
Microplástico encontrado no mar.
Como isso aconteceu?
Essas mesma pesquisa que citamos propõe uma explicação para como esse tipo de coisa ocorreu.
A questão é que consumimos muitos alimentos os quais são embalados por plásticos, além de estarmos em constante contato com eles.
Bebemos água de garrafas plásticas, comemos um vegetal que chega até a nossa casa embalado em plástico, e no caso das crianças, as chupetas e mamadeiras de plástico também explicam um pouco disso.
Do ponto o qual estamos, a tendência é piorar o índice de presença de microplásticos no nosso corpo. Para se ter uma ideia, estima-se que em 2050 os oceanos terão mais plásticos do que peixes.
Outro dado alarmante é a quantidade de plástico que irá estar presente no mar: entre 23 e 37 milhões de toneladas, ou melhor, 50 quilos de plástico por metro de costa em todo o mundo.
Pensando um pouco mais próximo de nosso tempo, a poluição por plástico deve duplicar até 2030, sendo que atualmente produzimos cerca de 400 milhões de toneladas de plástico por ano.
Microplástico aproximado por zoom.
O que podemos fazer?
Com isso em mente, nos perguntamos: como devemos agir em meio a tudo?
Uma das alternativas pensadas por alguns governos e organizações ambientais é a proibição da fabricação de plásticos de uso único, ou seja, essas embalagens descartáveis que tanto vemos por aí.
Afinal, cerca de 40% dos resíduos plásticos descartados no meio ambiente são plásticos descartáveis. Será que não podemos reduzir isso?
Pesquisas também vendo sendo feitas para entender melhor o cenário e combater o microplástico. Elas respondem perguntas como:
- Como retirar o microplástico da água?
- Como extraí-lo do solo?
Essas são algumas das questões que foram apontadas e estão sendo pensadas atualmente.
E você também pode ajudar nessa causa! Entenda como nesse artigo aqui: O que é zero desperdício?
Pessoa utilizando ecobag como alternativa às sacolas de mercado.
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Temos que agir em meio a tudo isso! E como? Através do consumo consciente, nos responsabilizando pelo o que consumimos e comprando com consciência.
A gente entende que você não tem como controlar tudo. Mas que tal começar pela sua casa? E depois, pelo seu trabalho? Nisso certamente conseguimos te ajudar!
Trabalhamos com diversas opções de embalagens recicladas, ou seja, embalagens as quais a matéria-prima foi reaproveitada e o ciclo de vida do material prolongado. Isso não é ótimo?
Você confere as nossas opções em embalagens aqui:
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